Seniores em visita de estudo a Tavira

ASSOCIAÇÃO SÉNIOR AUTODIDATA DE PORTIMÃO (ASAP)

 Antes da visita o Professor, Octávio Ribeiro, a quem coube a organização, já nos havia dito que o entusiasmo era grande e que alguns alunos tinham de vir em viaturas próprias, já a lotação do autocarro estava esgotada.

Ao chegarem a Tavira, os cerca de setenta visitantes, foram divididos em dois grupos, acompanhados, cada um deles, pelos historiadores locais, Ofir Chagas e Luís Horta.

A visita começou pelo castelo, seguindo-se o Museu do Palácio da Galeria, Islâmico e Igreja da Misericórdia. Foi visitado o centro da cidade e a ponte românica. O almoço decorreu no restaurante das Pedras D’El Rei, seguindo-se a visita à Praia do Barril, onde falamos com o Director da ASAP, Professor, José Ricardo Jordão, começando por lhe perguntar como havia decorrido a visita.

– Correu muito bem. Ainda agora falei com uma associada que me disse: “Foi uma coisa muito boa. Estamos maravilhados. Sou algarvia e não conhecia isto. Estou muito satisfeita porque a visita foi muito bem preparada, bem organizada e Tavira é uma terra com muitos encantos”.

Depois das visitas culturais, na cidade, agora na Praia do Barril, digamos, para descansar do período escolar.

– Sim. Nós fazemos sempre visitas de estudo. Temos uma parte de lazer de que esta visita faz parte. A parte cultural, foi da parte da manhã. A visita aos museus e igrejas. Agora é para usufruir deste recanto maravilhoso que é a Praia do Barril.

Quando se fala em visita de estudo, pode levar a pensar que são jovens, mas trata-se de seniores.

– São jovens de espírito. As pessoas que pertencem a esta Associação e basta lembrar que Portimão tem mais de sete mil pessoas com mais de 65 anos de idade, são um grupo de elite. A nossa Associação tem 165 associados e 20 professores, aposentados, é certo. Temos pessoas que vêm dos serviços, empregados bancários, seguros, por isso, eu digo que se trata de uma elite. Vêm para a Associação porque entendem que a sua vida não se esgotou. Não vão ficar em casa no sofá ou nos bancos do jardim. Aqui é uma escola, uma Universidade sénior e eles entendem que aprendem algumas coisas que desconheciam ou reaprendem, mas sobretudo, vêm usufruir de momentos de convívio, solidariedade, porque a solidão nestas idades é uma coisa terrível. Esta actividade preenche muito da sua vida e os médicos costumam dizer que quem frequenta estas chamadas Universidades seniores, goza mais saúde.

Põem os seus conhecimentos cá fora e adquirem novos?

– Sim. Temos pessoas que estão a aprender musica depois dos 70 anos e até acima dos 80 e estão encantados com as novas experiências. Temos um grupo de flautas. Isto é muito bom para as pessoas preencherem o seu tempo e viverem melhor.

Só têm música ou também outras áreas?

Temos um currículo vastíssimo. Vinte e uma disciplinas, entre elas, direito, informática, história da arte, artes decorativas, pintura, etc. Temos disciplinas próprias para a idade, como por exemplo, hridroginástica. Exercício de saúde ou seja educação física. Depois temos canto coral, educação musical, danças de salão e uma coisa muito interessante, uma turma de estrangeiros que frequentam a disciplina, português para estrangeiros. Em Portimão, não há nenhuma colectividade que agregue uma turma de estrangeiros que vivem na cidade ou nos arredores e que se querem integrar na sociedade portimonense. Convivem connosco e vão às visitas, também.

No final do almoço, referindo-se à organização de que o Professor Octávio Ribeiro, também professor na Associação, esteve à frente, Tavira foi uma boa visita. Havemos de cá voltar.

Esta não é a primeira visita a Tavira. Noutra vez, visitamos algumas igrejas, o Arraial Ferreira Neto, onde assistimos à projecção de um filme. Estivemos em Cachopo, uma aldeia característica do concelho de Tavira, no interior algarvio. Há muitas coisas para ver em Tavira e nós, concerteza, vamos voltar para visitar esta cidade.

Geraldo de Jesus

Deixe um comentário

Filed under Uncategorized

Deixe um comentário