O montante da dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a empresas de dispositivos médicos ascendia, no final de Junho de 2012, a 1.130 milhões de euros, o correspondente a um prazo médio de pagamento de 613 dias, alerta a Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED).
“Constatamos que os pagamentos já efetuados pelos hospitais permitiram uma amortização parcial do montante em dívida, mas isso não impediu que esta situação continuasse a agravar-se”, comenta Humberto Costa, secretário-geral da APORMED.
E acrescenta: “Existe uma preocupação crescente por parte das empresas de dispositivos médicos sobre o calendário e a forma como a restante parcela dos 1.500 milhões de euros disponíveis para pagamentos ao sector da Saúde irá ser distribuída, dúvidas estas que as reuniões com os responsáveis da Saúde não permitiram esclarecer. Pensamos que o único critério que salvaguarda os princípios de equidade nos pagamentos é o da antiguidade das faturas”.
A APORMED alerta ainda para o facto de se estarem a registar aumentos de alguns consumos de dispositivos médicos sem emissão das correspondentes notas de encomenda, o que contraria o disposto na Lei dos Compromissos e provoca atrasos na faturação a efetuar pelas empresas.
A APORMED, a maior associação nacional das empresas que atuam no sector dos dispositivos médicos e tecnologias para a saúde, foi fundada em 1990 e conta atualmente com 47 empresas que representam cerca de 60% do mercado de dispositivos médicos.
O sector de dispositivos médicos é caracterizado por empresas que investem regular e fortemente na inovação, de forma a permitir o acesso dos doentes a terapias associadas a importantes ganhos em saúde.
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